Não se Apega Não é uma espécie de diário da autora, apesar de negar em uma entrevista dizendo que não seria sobre ela, a vida amorosa de Isabela é retratada de uma forma divertida e ao mesmo tempo é relatada com uma escrita que te envolve e te prende a cada página. Ela tem dois melhores amigos, Amanda uma japa que faz o tipo de amiga leal e companheira. Pedro, um amigo mulherengo e cafajeste que a conhece melhor do que ela mesma.
No começo do livro ela relata o fim do namoro de dois anos, pois apesar de parecerem um casal "perfeito", era como muitos os denominavam, mas a verdade é que o relacionamento já vinha se definhando e chega uma hora em que um dos dois acabam tomando uma atitude, e ela tomou. Terminou e sentiu-se livre.
"Leve para a vida: você pede uma, duas, três vezes... Na quarta é hora de tomar uma atitude."
No decorrer da sua vida de solteira ela se depara com alguns caras, como o Evandro-da-acadêmia em uma festa sertaneja que ela foi convidada pela 'amiga' Marina. O Igor Tullon, Tiago que é amigo-do-Pedro... Mas tudo é escrito de uma forma bem-humorada e com uma pitada de romance entre ela e seu melhor amigo. Isabela é a típica garota-dos-dias-atuais, sim, os conflitos internos, pensamentos, a busca pelo amor, a busca por achar, no outro, o seu lugar - (apesar de no livro ela sempre defender que não precisamos de ninguém para sermos felizes, que esse negócio de metade da laranja é algo que não se aplica a ela, eu particularmente acho que ela busca sim a sua parte da laranja que a transborde).
'Quem foge do sofrimento não o supera.Retém.E o nosso coração é pequeno para abrigar mágoas. O meu, por exemplo, tem três quartinhos. Três quartinhos que eu espero alugar para o amor e mais alguns sentimentos gostosos. Hóspedes tranquilos que me tragam paz.'
Descobri que a Isabela tem algumas coisas em comum comigo, além de sempre falar demais quando está nervosa, e ter uma imaginação super fértil, ela é a primeira pessoa que, eu conheço, que adora assistir aos mesmos filmes mil vezes!!! O meu marido sempre me pergunta como eu consigo fazer isso, e eu nunca consegui responder o porque, e ela conseguiu explicar de uma forma que define isso em mim:
'Tá, eu adoro ver de novo filme que já vi. E daí?Isso não faz de mim uma pessoa estranha. Ou faz? É que eu gosto de assistir sabendo como termina, entende? Me dá uma agonia enorme quando vejo um filme pela primeira vez e não sei se o mocinho vai ficar com a mocinha, se eles vão ser felizes para sempre, se todos se casam no final, se o mundo vai ser salvo, sabe?Não que eu ache que sempre tenha de haver finais felizes. Mas dá um conforto no coração se a gente sabe que vai dar tudo certo. Já que na vida tudo é tão incerto, pelo menos na tela o final nunca muda. E os personagens podem ser felizes toda vez que assisto.'
Em vários momentos o livro me conquistou verdadeiramente, pois assim como nós ela também passa por questões que muitas vezes também sentimos e passamos. Ela diz coisas que é como se ela nos conhecesse através dos sentimentos dela mesma. Sua escrita é um desabafo que consola ao mesmo tempo.
'A verdade é que eu estava cansada de ter sempre que atender às expectativas de todos à minha volta. (...) É que tornar as pessoas felizes me faz um pouco feliz. Pelo menos por um tempo determinado. E eu cansei. Cansei mesmo. E olha que eu nunca me canso de nada.'
É isso aí pessoal, espero que tenham gostado. Super recomendo esse livro, e agora vou começar a leitura do segundo livro dela, Não se Iluda Não, e volto para contar para vocês!
Fiquem ligados que em breve teremos mais novidades!
Beijos *-*
Pathy